Santo Isidoro de Sevilha (560 - 636) arcebispo, teólogo, filósofo, matemático, santo e doutor da Igreja fora proclamado o patrono da internet pelo Papa João Paulo II. Ou ao menos é o que dizem, isso porque nunca consigo encontrar as fontes primárias. Alguns blogs dizem que o papa polaco havia feito menção ao santo em um discurso de 1997, discurso esse que não se encontra em lugar algum, outras datas aparecem: 2001, 2003, a história muda: na verdade o mesmo teria sido escolhido em um a enquete do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, mas de novo nada das fontes oficiais. Em 2007 aparece uma oração para pedir o patrocínio do mesmo, dizem que tal oração teria “aprovação eclesiástica”; a oração foi escrita por um padre - Frei J.T. Zuhlsdor - mas isso não é suficiente para se falar de uma nomeação oficial.(1)
Oração para Antes da Ligação à InternetDeus Todo Poderoso, que nos criou à Vossa imagem e nos indicou o caminho do bem, do verdadeiro e do belo, especialmente na pessoa divina de Vosso Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, permiti-nos que, pela intercessão de Santo Isidoro, bispo e doutor, durante nossas navegações pela Internet, dirijamos nossas mãos e nossos olhos apenas àquelas coisas que Vos sejam aprazíveis e que tratemos com caridade e paciência todas aquelas almas que encontrarmos pelo caminho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
E qual seria a relação do santo doutor com a internet? Santo Isidoro fora o autor da Etymologiae, uma antiga enciclopédia que continha os conhecimentos da época sobre artes, biologia, anatomia, matemática, geologia, astronomia, filosofia, agricultura, entre outros. Se pensarmos na internet como uma grande biblioteca, a analogia faz certo sentido, dá até para comparar a Etymologiae ao Google. Mais ou menos... Essa imagem da internet talvez fizesse sentido nos anos 2000, mas hoje ela tem uma forma um tanto quanto diferente além de quê o livro do santo doutor é extremamente sintético (segue um .pdf)...
De todo modo, nada lhe impede de invocar a intercessão de Santo Isidoro para suas aventuras digitais e, ainda que não existam fontes seguras sobre o tal reconhecimento oficial, a piedade popular pode (ou não) tornar isso real.


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